As tempestades invadem meu caminho Depois de tantas lutas e entregas, Estou sozinha e perdida, Sem estada, sem guarida... Meus olhos buscam distante A esperança dentro de mim... A dor se alastra E é tão forte e intensa Quanto o fogo a queimar minh’alma Que desacelera na escuridão Em busca da luz guia Que não vislumbro... E o tempo corre apressado Me deixando para trás No abandono de mim mesma Rasgando, dilacerando meu coração Pelas pedras e espinhos Da estrada que desconheço... O que fazer quando não se sabe o que fazer? O que querer quando não se pode ter? Onde permanecer para não perder o rumo E definhar no abismo onde não possa me ver?... As rosas despetalam, Os galhos secam Enquanto as folhas caem... A chuva é densa, violenta dentro de mim, E mesmo assim, caminho... Para onde? Hoje não sei.
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