[Naquele caminho onde as náiades nascem]

Data 16/08/2012 19:56:47 | Tópico: Poemas

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Naquele caminho onde as náiades nascem, dizias
existirem invernos que ruiram, qual o som das estrelas

penduradas nos mastros de navios pelejando o mar,

encontro apenas silêncios.

Olhar meu que procura infinitos luares
cercados pelo breve vogar das estrelas cadentes,
tudo recomeça,
tudo ruiu antes, até a floresta
que abrigava o descanso dos rouxinóis.

Serão mutações quão interminável vida
tantos estes solilóquios sem chama,
esconderijos, dizias-me,

quando te sentavas a meu lado,

olhares juntos, perdidos, sobreviventes.

Hoje, as náiades dançam em rios lá longe,
onde a vista não alcança,

onde não te alcanço,

onde silêncios são enterrados,

[pudesse eu parar-me no tempo...].






náiades – divindade feminina que presidia aos rios e às fontes, ninfas dos rios, das fontes


“Aqueles que sentem o cheiro da tristeza
Sentam-se perto de mim
Aqueles que acreditam que foram tocados pela loucura
Sentam-se perto de mim
Aqueles que se acham ridículos
Sentam-se perto de mim
Amor, em medo, em ódio, em lágrimas”

(“Sit down” James)

original

“Those who feel the breath of sadness
Sit down next to me
Those who find they're touched by madness
Sit down next to me
Those who find themselves ridiculous
Sit down next to me
Love, in fear, in hate, in tears”

“- Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide adormeceu no leito de uma orquídea branca.



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