Remo a custo

Data 21/11/2006 17:16:38 | Tópico: Poemas

Remo a custo
o meu barco
que transporta gente sem nada.
E é tanta, tão pesada
que o barco não anda,
está parado
no estuário de um verão tardio
Filtra-se o silêncio
num olhar diluído
nas ondas límpidas
daquele mar azul,
tão belo, tão livre...
que contrasta
com as amarras
da gente sem nada.
E o barco não anda,
está parado
nas correntes
que desfalecem vontades.


Rosa maria Anselmo


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