[Das petalas espalhadas pelo chão]

Data 20/08/2012 21:54:37 | Tópico: Poemas

.
.
.
.
.
.
.
.
.......................................
***************************************


Das petalas espalhadas pelo chão que cairam do teu ventre,
apanho-as uma a uma,

chamar-lhes-ei de vida.

E quando as coloco em vasos de cristal,
onde o sol bate desde a aurora,
vejo-as renascerem em flor,
acolhem-se então as aves fugitivas sem poiso.

Da nudez de sonhos teus, qual tafetá que te cobre,
tento agarrar algum que seja,

enquanto a noite aguarda o nascimento de uma nova estrela cadente,

chamar-lhe-ei então de encantamento.

Quantas estrelas encerras em ti, perguntar-te-ei.







“...
Parecia uma esmeralda
e é um ponto negro na pedra.
Foi luz alada, pequena
estrela em rápida seta.
Quebrou-se a máquina breve
na precipitada queda.
E o maior sábio do mundo
sabe que não a conserta.”

(“Máquina breve” Cecilia Meireles)

“- Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide adormeceu no leito de uma orquídea branca.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=229065