... que ao me abraçar já não pode me apontar uma arma

Data 26/08/2012 17:31:14 | Tópico: Poemas

nas quentes noites de meu desassossego, quem dera minha mão pudesse expressar o que vai em meu peito repleto da estranha beleza que ocupa meus sonhos, na mesma intensidade, com que tenho assistido a mudança das estações, os pássaros migrarem para o sul... esvaziando o céu quando é inverno e em seguida espalham-se pelos campos na primavera, carregando nas pinceladas como se o céu fosse o teto do mundo. em meu coração o tempo para... parece que tudo se move, até mesmo eu. ao perceber isso... o tumulto do silencio parece uma linha de bordar a profunda e poderosa presença da saudade, que ao me abraçar (treme) já não pode me apontar uma arma... minha alma joga a toalha em três pedaços e dois endereços enraizados em meu coração... ao terminar essa carta, espero que compreenda que a distância que separa é o mesmo paraíso que nos cerca onde a história se repete como uma âncora do vento no céu...


Vania Lopez



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