Tudo é silêncio
Data 29/08/2012 16:46:55 | Tópico: Poemas
| Quero do fruto proibido A desordem natural Espero a vida num labirinto Mas não vejo a entrada Não vislumbro uma saída
Bebo da fonte Todas as vontades Sacio o meu desejo impuro Mato a minha sede agreste
O extermínio É a força dominadora Ouve-se o último tinir do vento Na revolta do meu corpo Não sinto a minha alma
O frio é agora um manto seco Agruras de outros tempos A sua incompleta figura Calou-me Amortalhou-me Sufocou-me
Segui numa eterna procura Fui calamidade na noite Agora tudo é folhagem dispersa Tudo é silêncio Tudo é nada
A madrugada chega flamejante E com ela Andrajo Pedinte Andarilho pelo tempo
Pinta grafitis nas paredes Agitam-se sombras loucamente Inicia-se a fuga Junto ao ventre imaturo
O desejo escorre Como restos de pingos de chuva nas vidraças No rio afogou-se o último suspiro da noite
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