No limite das lágrimas
Lembro-me quando ficavas embrulhada em mim e dizias que te sentias pequenina... por vezes, dizias que gostavas de habitar-me, de forma a ficarmos juntos para sempre...
Abraçavas-me e beijavas-me como se fosse o nosso ultimo momento... Fixavas os teus olhos nos meus, deixavas rolar algumas lágrimas, sorrias e amavas da mesma forma que vivias...
Conseguias tornar a vida sempre mais bela, inventavas penas coloridas nos pardais do telhado, sabias as horas pela sombra desenhada na colcha...
Inventavas mil primaveras, insistias nas despedidas, mas nunca te despedias...
Acreditavas no amanhã como uma criança alimenta um sonho...
Ensinaste-me a Amar, aprendendo a ler nos meus olhos todo o meu Ser...
Carlos Barão de Campos
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