MATAS-ME

Data 02/09/2012 20:29:13 | Tópico: Poemas

MATAS-ME


Que traicoieiro se afigura o amor
seco, amargo e frio, já nem me vejo
nos contornos da imaginação, da dor
foram petalas caindo do teu beijo
foram beijos entre dentes amarrados
pedaços de pedaços recortados

baixo os olhos e arrasto pelo chão
abafo o brilho e enxugo-me de pó
rasgo no peito o que julguei ser coração
e abro a mão, tão triste e só.
Que ousadia desmedida a da esperança
que me deu e retirou o dom de ser criança.

Desenterrei sonhos, na cova do passado
e vesti sorrisos, cortados das traças
dei brilho ás manhãs, e apaguei o fado
triste e esburacado, em tantas desgraças.
Do fundo do poço já não vejo a luz
e a esperança perdida...não sei onde a pus!

Deitem sobre mim a terra fresca
libertem-me desta dor desfigurada
já me despi de tudo o que não presta
levo apenas este amor...que não vale nada.
Podia ser tão grande, tão forte
não o quiseste, talvez o queira a morte.

CARDIGOS
02-09-12
BEIJA-FLOR
O AMOR PASSA EM SEGUNDOS DE MAGNIFICO A CRUEL...



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