Vinte e um poemas rasgados

Data 08/09/2012 21:27:56 | Tópico: Poemas

Vinte e um poemas rasgados
Amontoados
Num caixote de lixo
Misturados
Nas mais singelas contradições.
Arrependimento? Talvez!
De fita gomada na mão
Estou tentado a juntar pedaço a pedaço
A dar nova sustância aos poemas.
Mergulho nesta espécie de poesia
Que é a minha escrita
Esperneio, faço o pino
Ranjo os dentes
Derrubo a prisão dos poemas
Cada verso uma semente de bardana
Com os seus pequenos ganchos
Prendem-se-me à pele
Mordem-me a carne.
Comi da minha poesia
Fixei um ponto no horizonte
Senti-me profeta
De poucas sabedorias
Mas senhor das minhas filosofias
Fiz escravas as formigas
e nelas me fiz transportar ao teu encontro
Mas não te encontrei em lugar nenhum
Onde andas minha inspiração?
Escrevo é verdade
E considero-me culpado
Mas, o que querem ganhei uma paixão
Pela delinquência da escrita
Reposição



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