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    	Data 25/11/2007 13:20:53 | Tópico: Prosas Poéticas
 
  |         <br />       Flores brancas na madrugada,        pétalas em suave queda         sobre tuas mãos tão pálidas...        de dentro das torres deste castelo        esta música invade o espaço        e somos tão frágeis em nossas        esperanças...         e somos tão pobres em nossas        pequenas idiossincrasias.        O relógio já deu as doze badaladas        e você ainda está aí olhando        sem nada ver,        suspensa em intenções tão vagas,        olhando os carros lá embaixo        suspensa na janela do décimo                            quinto andar...        você já ouviu dezenas de vezes a        mesma música e mesmo assim        não consegue encontrar uma forma        de fugir desta beira de precipício.        E nem todos os cálices de vinho        vão aliviar esta dor pontiaguda        que se cravou em teu peito,        tendo passado tantas vezes        diante da mesma porta        e tantas vezes não tendo tido        a coragem para entrar!        Deus salve as travas que         te impedem de transgredir        e o diabo que permita        a você uma morte rápida,        pois que se pela vida tens passado         sem estremecimentos,        que tua morte não permita        o vislumbre de convulsões nunca        alcançadas!            
 
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