Meditando
Data 17/09/2012 23:13:40 | Tópico: Poemas
| Vou Pelo caminho que a rua me dá E o tempo Que passa sem sentir Dirigindo o olhar para as pedras Que revestem o chão Decorando-o de outras saliências Alheio a quase tudo
Sigo Nesse continuar sem destino breve Interiorizando outro sentires Uns perfeitos Outros não Numa incumbência a descoberto Dos olhares do Mundo Sem receios
Vasculho Memórias arquivadas Dias remotos da minha vida E de outras já passadas Que comigo cruzarem seus percursos E um suspiro Alinhava o som do vento que passa Em transparências de azul
Rastreio Coerências e seus opostos Domínios inatingíveis No desconsolo da mediania Que rodeia meu ser Desconfortando o imo Em sacudidelas peitorais Ríspidas e repentinas
Negação Das validades da vida Dos passos dados a preceito Em abraços que inundaram Tantos dias De felicidade e coesão Sem limites temporais E com asas para um futuro
Constato Que tudo descambou Em represálias sociais Sem direito a respostas sadias E remetido ao único silêncio Que me amanha A mente da rejeição Constantemente
Verifico Que ao levantar meu olhos Há muito mais que me rodeia Num horizonte Onde o azul abunda Apesar de tanta tareia Que a natureza sobre dia-a-dia Desmesuradamente
Medito Que ainda há solução Que ainda há opinião Que ainda há vento Que ainda há alimento Que ainda há céu Que ainda há mar Que ainda pode haver amor
Sonho Que um dia Ainda possamos viver Todos Mas todos Em Paz Amor E felicidade
António MR Martins
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