De volta ao começo

Data 14/10/2012 17:27:56 | Tópico: Poemas

E agora, já não falas,
nem se entrega!
Ora como dizer o que penso
se irrompes num choro
e cala-me a boca
num beijo desespero?
Possui-me como a salvar
o tempo que passou.
Cobra-me a entrega...
Tranco-me.Negas!Imploras!
O tempo acabou, anoiteceu.
Minha dor é pelo avesso,
não há reparos possíveis
Amo-te tanto, ainda, sempre,
nunca mais !Quimeras...
Meus passos eram cálidos
e incostantes...E nada mais
iria voltar a ferir-me.
Então um belo/feio dia ,
estaquei meus pés e
olhei para trás.
Nada vinha ariscando a
um bom tempo e por isso
não havia vantagem
dentro de meus muros
e nada valia a pena
no domínio de meus medos.
Retrocedi alguns passos e senti
cheiro de poeira levantando.
Não me afetou tanto , prossegui
até o ponto necessário e
então me refiz de água e ar.
Respirei vento em meus pulmões
e dilatei meu coração até ao
tamanho de estourar preconceitos
e fugir das armadilhas.
Por um tempo, fui feliz.
Pode ser até que tenha
amado/apaixonado;
Mas tudo passa e passou.
Quero voltar ao começo e
endireitar o meu fim.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=231279