REIS DE NADA

Data 26/09/2012 00:05:07 | Tópico: Poemas



Essa estória se passou há segundos atras
A estória não tem nada a ver com tempo
Segue á realidade
Advinda por um período cru, nesse mundo estranhamente desvairado
Vi mulheres adornadas em puro ouro se queixando da simplicidade plebe
Ditando em alto e bom som, regras de belezas incomuns
Onde jamais deveriam ser usadas por qualquer um
Assim disseram as rainhas da luxúria
Enfeitadas, somente
Com seus longos vestidos vermelhos de seda
A moldar a bela silhueta de seus corpos miseráveis

Captei que era verão
Ao perceber sucintamente que o perfeito tem ligação direta
Com a obcecada intenção vendida de que belos e belas é
Para sempre aparentarmos
Só nos faltam códigos de barras inseridos em nossas testas
Quanto custa para usar alguém?
Terrivelmente, essa angustia deveria ser sentida por quem é usado
Meu corpo será concedido apenas e somente
Aquela que enfeitiçar a minha razão

Razão...
Que vi se modificar
Nesse período eleitoral
As pessoas gritando por seus reis
Tudo isso outra e outra vez
Não viam problemas. Corrupção ativa não trás problemas
Já estamos acostumados, não faz mal

Desisti da integração geral
Ao me deparar com um absurdo de maior natureza
Jovens valorosos desafiando o incomum
Lutando por um mundo melhor
Tendo de ouvir que a esbornia é e será sempre o melhor
E para os nobres de espírito somente restará o pior
Causando em todos uma enorme estranheza

Se enganaram na passada
Pois impera aqui
No peito desses bravos
A rosa espienta e poderosa , oh orgulhosa
Que jamais
Se rende e se ajoelha
Á vontades mentirosas de faces esgargatadas
Quando na ponta de mãos sedentas por justiças claras
São desferidas as merecidas facadas
Nos peitos demasiados zombeiros
Desses pobres reis de nada
Mentira e vaidade são teus nomes
E nada mais.



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