Sono dos (in) justos

Data 06/10/2012 00:31:13 | Tópico: Poemas -> Sociais

Noite sombria,
nuvens negras,
lua escondida
na penumbra.

Praça vazia
folhas secas
quem caminha
nesta hora?

Noite sombria,
Campo de Santana
agito na avenida
carro em disparada

Pita a guimba
na solidão da dureza
do banco de madeira
deita-se e não resmunga

Noite sombria,
Quem vem da Lapa
nem irá reparar a praça
e o morador de rua.

No calor da folha
de jornal deixada,
de notícia passada
estica-se e apaga

Dormirá o sono dos justos?

Ao ver a cena,
dormiremos o sono dos (in) justos?


AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 5-Out-2012.



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