Reflexões Infinitológicas.

Data 07/10/2012 23:27:31 | Tópico: Prosas Poéticas

O poema infinito, a princípio, nem começou aqui. Isso é uma parte qualquer do grande poema, uma faísca que acende e pode apagar e morrer. Porque as partes minúsculas, infinitas partículas do poema infinito, podem morrer, porque sua morte não afeta a grande obra - o poema-mór do grande poeta. O que escrevo é mais faísca ainda, por ser fagulha de mim. Ele se desprende de mim como se querendo fugir, e ser maior que eu e meu mistério, quer ser mistério só, essa parte de infinito. Mas nunca pode. Porque se morre, esse poema parte do todo, não mata o todo nem mata a mim. Eu morro inexoravelmente sem ou com meu poema, mas nunca sem e nunca fora do poema infinito que é sobre a morte também infinita e os números. Todo número é infinito.


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