Eterno Outono.

Data 15/10/2012 09:52:51 | Tópico: Poemas



O verde que se perde nas folhas,
O verde cor da esperança.
A esperança que morre no suave balançar da queda.
Os tons de castanho tomam o verde
O vento em fúria arranca-as dos fortes ramos
E lentamente transporta-as até ao solo.
Um corpo morto de olhos abertos,
Caído no chão focando um ponto no Céu
Onde Vejo o tempo passar em camara lenta.
Presa a memórias,
Presa a um passado distante,
Presa a um presente inconstante.
Fico imóvel…
Sem forças no Outono da minha vida.
Observo a morte ao meu redor
Que cobre o meu corpo folha a folha.
Espero o fim, o fim chamado Inverno
O frio da ausência,
O gelo do silêncio,
O congelar da indiferença.
Coberta pelas folhas do que fui,
Do que sou,
Do que não me deixaram ser.
É o ritmo que marca o coração
O compasso lento,
Que me diz que ainda estou viva.
E me mantém presa no limbo vivo
Espero,
Como as pedras… fria, imóvel, sem vida,
O voo que irá anunciar
A Primavera do meu ressuscitar



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