Nada que se possa ter

Data 23/10/2012 12:06:23 | Tópico: Poemas

no rasto da praia ainda escuto as madrugadas

quando acordava no escuro e imaginava que alguém
á beira-mar acendia o sol para júbilo dos banhistas

eu fazia o carreiro todos os dias

então como agora os atalhos eram muitos
mas todos acabavam num areal interminável que eu pisava
ligeiro como as coisas mais leves a caminho da água
que me recebia dentro e me abrigava do calor

é por isso que não tenho parelhas e montes como diz a canção

cada um tem aquilo que julga que tem

eu o rasto da praia o caminho da água
mais a circunstância da vida
que pode até nem ser nada que se possa ter





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