Exercício Poético (O Cemitério)

Data 09/08/2015 11:27:23 | Tópico: Poemas

Nobre corpo que rasteja
Por entre espinhos e lama
Num pranto sem consolo
Que se esculpe e goteja
Na voz de quem chama

Sente cada passo sentido
Perdido de muros cegos
De pedras altas de jardim
Marcadas no mundo vencido
Mãos caídas, sem pregos

Revolta-se a terra humedecida
Pelo mel rubro que morre lento
Em silêncio, canta-se o fado
Evapora a carne enfraquecida
Ao pó o que for pó, um lamento



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