,sim, tateio

Data 27/10/2012 05:32:17 | Tópico: Poemas

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E nesse eu que outro me habita,
descreve as travessias, na areia, no cérebro,

desfoca vielas escurecidas pelo pó, sufocantes
imemoriais regressos,
lírios que murcham, procuras por uma palavra,
despida,
liberta.

Necessária.

Cansaço louco instigado por sinos de cobre
escondidos pelo eco de vales insonoros,
vagueiam os hábitos sem destino, encruzilhados,

sim, tateio

o sonho que me desabita,
desconsola.

Desnecessário.







Textos de Francisco Duarte



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