,atemporal

Data 31/10/2012 21:50:16 | Tópico: Poemas

*


.

ah...


quantas são as vontades em que se apocalipsa o sujeito,

perdido, reencontrado,

porque elipses pela madrugada mantém a dúvida constante,
forram-se as paredes, antes alvas, antes lisas, antes desnecessárias,

e

sufocam árvores à beira da estrada.

ela

sorri, enquanto a roupa continua dispersa pelo chão,
atemporal, desinteressada,

ele

reconstrói sonhos antecipadamente escolhidos,
sem pormenores, desapaixonados, desapegados.

Quantos mais predicados serão precisos?

ah...

resistem maresias símiles fragrâncias no caos que se revisita,
suprimidas, escondidas.

e,

eu
sento-me, neste precipício que me afugenta do caos.


vai e caminha...







a palavra "apocalipsa" é propositada

Textos de Francisco Duarte



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=234413