Acerto de contas ou Delirium Prefacium

Data 06/11/2012 13:08:30 | Tópico: Poemas

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Ígneo santo que começa logo.
Logos.
Logosofia.
Massa úmida que nunca deixa acontecer.
É sempre uma febre qualquer
que calcula ser
e apaga tudo.
Não dá valor às coisas
que te passo,
à cada passo que dá.
Corre!
Escreve, sombra fútil,
que cobras mas em sua parte não fazes
do trato.
Fezes de serpentes.
Cabelos de medusa ou
Minhocas
com boa auto-estima.
Corre
que a pressa urge!
Os espelhos das pirâmides já saltam ao ar
à quase vista de todos,
que as fontes das caveiras brilhantes
já tilintam sem cessar no horizonte
dos despertos infantes.
Esses mesmos que ao lerem saberão,
do sabiá
e da mensagem que embutida grita
para os pássaros de um olho só.
Pensa em falso o passo fundo
desse mundo imundo
e nada basta para ti
que já se perde novamente
nessas brumas de letras.
Concentra-se besta
quase fera
de um labirinto
de som
e vácuo em espiral.
É de lá que grito
o que dizeres.
E ouvires
E ourives
Puro ouro fino
e do creme do milho verde.
Ele passou varíola para o insano.
Ele passou vários dias pensando
se começaria
se relataria
Você já foi à Bahia, nêgo?
Se juntaria a colcha de retalho de letras
quentinha,
que tinha,
fora de rota
ou de qualquer ordem.
Ficava apavorado
com a forma,
com a maneira que a coisa deveria ser
para estar direita.

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