,a sombra do castanheiro dança ao vento

Data 12/11/2012 03:52:27 | Tópico: Poemas

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(I)

,como o céu pela noite é monótono, negro sem os riscos de estrelas-cadentes,
rápidas, sem avisos, silenciosas,

esvoaça o perfume do jasmim noturno que penetra, invade.


Escapa-se-me a fuligem do crayon por entre os dedos,
impressões digitais que ficam no papel,

sem letras, ou exclamações, ou perguntas,

,retiram-se alguns momentos, algures
partilhados, a sombra do castanheiro dança ao vento,
nas raízes nascem cogumelos descoloridos,

(II)

,relegam-se fogos que consomem vénus pela manhã,
desejos, ânsias,

e os sons transformam-se, acicatam cavalos imaginados,
loucos, sem destino, sem crinas,
finda


a noite.









Textos de Francisco Duarte



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