Como tu, um pouco de ti.

Data 13/11/2012 01:56:37 | Tópico: Poemas

Não falei contigo com medo
das suposições fracas que
me atormentaram.
Entende que a minha instabilidade
crónica é de quem não quer sofrer
pois faria mal aos corações.

Como tu, um pouco de ti
para mim...nesta tão longa noite vadia.


Vou te mantendo quente dentro
de mim, pois um resto de ti é eterno e sereno.
Amando é o sinal que vou lutando
sempre com a mesma ilusão.

Pensei elevar-me por cima de todos
os meus sentidos, ainda que fartos
me deixaram viciado.

Como tu, um pouco de ti
para mim...nesta noite eu temia.

Perdoa-me se uma dia fiz um sotão,
esse lugar tão escuro que fica
num passado chamado presente...
Essa é a minha batalha, um pouco de ti
longe de mim...
São como paredes ou tectos falsos que acabam
por ruir, sem o amparo forte de
um querer pouco mais...
pois não protegem e apenas confortam.

Como um banco num jardim que anseia
para que te sentes no seu colo.
De ti para mim, num futuro quase ilógico
de percorrer...

Como tu, um pouco de ti
para mim...nesta tão longa noite vadia.


Porque sinto a sua morte,
mas não sei se será sorte.
Como tu, um pouco de ti para mim...
nessa tua e minha noite, longa e vadia.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=235157