A porta da revelação *

Data 16/11/2012 19:56:12 | Tópico: Poemas -> Dedicatória


Abre-se agora uma porta
num horizonte que desconhecíamos
e uma luz nova cintila
na pedra branca dos muros
anunciando outro rumo.
Pioneses negros assinalam ainda
na solidão dos mapas velhos
os locais onde a fé vacilou
os campos minados que atravessámos
em dias de resignada memória.
Mas alguma coisa irá mudar agora
que se abre uma fenda no bojo da névoa.
Calcinadas caem as asas da escuridão
e uma a uma as sombras se desfazem.
É o fim. A cegueira termina aqui.

Abre-se agora uma porta
num horizonte que não havia
e uma claridade desconhecida
amanhece com o anúncio do novo dia.
É tempo de arrancar as vendas.




* Dedico este poema ao grande poeta José Rui Teixeira, como forma de agradecimento pelo gesto simpático que revelou ao me oferecer o seu livro: “Diáspora”, obra que há algum tempo eu procurava, sem sucesso.
O autor, já com vários livros de poesia publicados, pode ser consultado aqui, no seu blog: Equinócio de Outono - (http://equinociodeoutono.blogspot.pt/)

Uma vez mais o meu sincero agradecimento ao poeta.





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