MUITO, MUITO ALÉM DO QUANTO PUDE

Data 17/11/2012 21:03:26 | Tópico: Sonetos

.
MUITO, MUITO ALÉM DO QUANTO PUDE

Do sabor da conquista, vem o vazio
Inverno frio que o triunfo embriaga
De rompantes que o fastio estraga
N’um jorro quente de membro no cio

Tu pensas o sucesso, um desvario
Um torvelinho de enxame de praga
Que a avidez engole, tal uma draga
(Soçobra a poeira ardente do estio)

Não é assim, se assim tu pensas!
Iludes-te de festins, recompensas
Mas ao fim resta apenas a erva rude

Porque essa vida tem opções imensas
Esperei-te acordar às minhas expensas
Fui muito, muito além do quanto pude...

(Gê Muniz)




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=235481