Trago em meu corpo as marcas. É, as marcas do tempo Que eu me encarrego de apressá-las… Minha insegurança me desespera, A vida num momento a fossa É assim que eu imagino se não sou Eu a compartilhar contigo a tua vida. Vejo-te aqui, ali, acolá… Acariciando cabelos que não são meus, Fecho os olhos e vejo, Vejo mais além… Vejo tua boca presa a lábios que não são meus, Isso me descontrola. Havia um tempo em que tudo isso era só meu, Tudo em você me pertencia, nada era imposto, Também não havia escrituras Apenas doação. De repente me foi tirado pelo ciúme Ciúme esse alicerçado pelas suas deixas Que instalou em mim Uma infinita desconfiança Imensurável em sua essência. Tudo foi mudando ligeiramente Quando pude perceber estava vivendo Um tormento imaginário Como se fosse algo real. Alva Xavier/Caroline Castro
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