De Novembro a Novembro

Data 20/11/2012 10:07:27 | Tópico: Poemas

Jardins lavrados no luar de Março
caem em pétalas de folhas verdes
sementes de prontidão
na mansidão das águas
que correm nos rios de sol...

Despem-se em Setembro
para a seguir de branco se vestir
nos rebentos dos lamentos
que em mim nunca vão surgir!

Giram os equinócios
em rostos de vidro
só o espelho permanece
no reflexo que ouso sentir...

De Novembro a Novembro
estendo mais uma folha
entrelaçando tudo
aquilo que me lembro
de sentir a sorrir!

O ventre que Janeiro
gemeu
coube todo o meu mundo
de braço dado com Março
o aglomerado
da fortaleza
que me foi dado a conhecer
reflexos num imenso calor
o único que me faz ferver
de verdadeiro prazer...




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