Não tenho mais formas para te moldar,
talvez nuvem que voga em fundo de azul,
forma-se na noite, tímida e insegura
para se mostrar de dia deslumbrante de branco
qual rosa matizada de sonho.
Despida do branco
vestes a purpura do entardecer
em pétalas de cio
desfolhadas num beijo carmim.
Moldo-te assim na renovação do botão
que nega a rosa
para lhe dar origem no desabrochar do dia novo,
madrugada do Maio em flor.