Flutualidade

Data 26/11/2012 19:58:18 | Tópico: Poemas -> Introspecção



azul em linha inerte,
gaivota não tem mar
bate asas
caem escritas
versos não podem piar.
penas ficam ao vento,
pululam sem rumo no ar

tenho sede
sinto fome

onde está meu
naco de pão?

quero um mar pra molhos,
ondas que sejam cama...
deitar-me na concha
da palma da mão
de um parceiro pássaro
em voos miragens
sobre águas marulhantes
com mariscos pra bicar

tenho fome
sinto sede
e tenho medo
pois o peso d' asa, cansa
e o destino é ilha sem mar

traço rabiscos
no céu
sem direção pra voar

retirando alguns excessos...



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