POEMA DE GUARDANAPO
Data 28/11/2012 00:58:16 | Tópico: Poemas
| . POEMA DE GUARDANAPO
Os princípios da justiça Os precipícios divinos A transcendência performática de Cristo A materialidade midiática do Anticristo O amor, a paixão, o ardor Na limitação do cabresto O terror diletante do escrito ordeiro E todas as imagens pobres Das empilecadas poesias De guardanapo de restaurante Proferidas túmidas e azedas De minha boca arrogante Ora pululam, endoidecidas, Em expressões posudas, esdrúxulas Sopradas do biritado fole Cravado no meu esnobe semblante E logo após se negam dolentes Como sempre fora dantes Iguais delírios pulsando Nas cáries dos dentes Num frio sequioso de rompantes
(Gê Muniz)
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