(I) Vinte e um do doze de dois mil e doze
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todo mundo se apavora todo mundo faz o que der na telha sem demora.
o vegetariano comemora fazendo um churrasco sulista O ateu, arrependido Vai à igreja confessar Já o crente, indignado Põe toda a culpa em Deus As virgens Ah, nem digo sobre as virgens E sobre as perdidas essas rezam de joelhos O tímido se diverte O divertido se intimida Mamãe não sabe o que fazer O filho se ajoelha aos pais Não era assim que devia ser?
O mundo todo se apavora O caos vem sem demora Uns passam a noite debaixo da cama Outros encima, acompanhados de um amor... E assim no dia vinte e um DO doze de dois mil e doze
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(II)
vinte e dois do doze de dois mil e doze
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O mundo acorda, Os que fizeram loucuras nem se lembram Quem se matou, morreu, Quem ficou pra virada Da meia noite Se arrependeu
E sabe como é o fim do mundo na verdade?
É assim: Todo mundo com cara de tacho.
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