Esperanças Tantas
Data 02/12/2012 01:15:26 | Tópico: Poemas
| Raia um novo dia em raias cinzentas Alguns pássaros iniciam uma canção As águas dos riachos correm barrentas Numa procura infinita pelo ribeirão...
Tamborilam alguns pingos de chuva Nas folhas verdes de um velho tinhorão Tudo cai como que se fosse uma luva Lentamente na palma da minha mão.
O tempo passa veloz e de repente A gente nota que tudo é uma ilusão Que tudo são frutos da nossa imaginação, Dos nossos desejos e delírios da mente...
À tarde o sol a pino judia, machuca e arde. Odores invasores adocicam todo ambiente Um pequeno mamífero faminto e covarde Sai em busca do alimento que o sustente.
Vem a noite estrelada e o dia se vai Uma brisa tardia cobre tudo com um véu Uma estrela cadente cruza a superfície do céu Depois, argentina, num lago ela morre e cai.
Quebram-se a mudez das coisas e das plantas A noite também vai morrendo pouco a pouco Um grito ecoa ao longe um tanto quanto rouco É um homem que ainda traz esperanças... Tantas!
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