Orvalho da dor

Data 16/12/2012 22:58:14 | Tópico: Poemas

Quem fosse por esse mar dizer
Aos homens que tombaram ao desastre
Quantos braços sonharam ser guindaste
Quantos homens viveram sem os esquecer

E em sobrados dias assim vividos
Voltaram as sementes ao chão
Sem pedir à vida perdão
Tal o grito dos recém nascidos

A memória é calor que persiste
E o desejo é vaga que se expande
Num vaso maleável de amor

Percebe por isso o que é triste
Atinge em sonho o que é grande
No orvalho da tua dor



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