meu amor

Data 18/12/2012 20:27:10 | Tópico: Poemas

dizias-me nos olhos, num beijo de lábios em botão: "goto munti ti". e os teus braços, como tenros ramos de mimosas floridas, aproveitavam o vento do meu desejo de te apertar, muito, muito, e ficavam à minha volta, misturando cabelos, chilreios de beijos, bicadinhas ternas, embalos de ninho. muito, muito. e o amplexo apertava-se, até fazer doer o coração. depois, com o amor transbordado espalhado na tua pele, fugias-me, rindo, como criança travessa. e eu deixava-te ir, deixava-te fugir de mim, sabendo que eras passarinho que sempre voltaria ao berço. o meu colo era pouso que tu sabias universo e eu, eternidade. meu amor, aprendemos: nenhum abraço é maior que o universo nem maior que a eternidade - mas o nosso amor, meu amor, é um verso eterno.


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