NESTE COQUEIRO ARRIADO

Data 05/01/2013 00:54:00 | Tópico: Textos

CORDEIS EM SEXTILHAS.

Neste coqueiro arriado
Deposito minha vida,
Junto com minha querida,
Estou aqui agasalhado,
Tomara que ele agüente,
Este casal de namorados.

Este é o diferencial,
Destas fotos instigantes,
Que nos levam ao beiral,
Duma cena insinuante,
Onde um calçado elegante,
Ora encontra-se gestante.

Estas fotos são exóticas,
Parecem sapatos grávidos,
Mais analisando a ótica,
Nos aumento o entrave,
Do que de fato seriam,
As razões destes alardes.

Nos atos tem uma ação,
Diferente dum sentir,
Que emana do coração,
E nos intui logo a agir,
Mais não tem comparação,
Isto é preciso discernir.

Do nada alcanço o tudo,
Minha fé é testemunha,
Se o meu corpo desnudo,
Conservo as minhas unhas,
Pois estas me fortalecem,
Nas ranhuras mais profundas.

Minhas vísceras atuam,
No meu envelhecimento,
Enquanto a minha mente,
Mantém o discernimento,
Peço a Deus que me acuda,
Equilibrando os elementos.

Não fosse pela ranhura,
Dum caule inda grotesco,
A mais linda formosura,
Teria um fixo endereço,
Porem a rosa que encanta,
Tem sua forma de tropeço.

Foi nas rimas que andei,
Bati portas não abertas,
Mais depois me encontrei,
E brindei a minha festa,
Como é doce o versejar,
Minha alma esta completa.

Minhas íris se comovem,
Olhando este horizonte,
Em que o sol se resolve
Colorindo céus e montes,
Meu amor ao universo,
Redobra neste instante.

Tenho a vida a espreita,
O meu ser é bem trivial,
Nem esquerda nem direita,
Desprezo o rumo do mal,
Minha alma satisfeita,
Constrói um belo arsenal.






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