Liberto as mãos

Data 12/01/2013 11:44:34 | Tópico: Poemas

O orvalho da manhã
mistura-se no nevoeiro
que abraça o rio,
as gaivotas sacodem as asas
sem sono,
com o voo a cantar
esperanças na ponta do horizonte...

Um raio de luz
perfura de cima
ao encontro das águas...

Viajo de pé
num barco de papel
à deriva no rumo
que os traços não enxergam...

O vento ausentou-se...

Num velejar suave
na brisa que cantam os anjos
adormeço realidades
para não caminhar
na mesma estrada...

Liberto as mãos
os sonhos dançam
com o poema que és
na saliva do meu olhar cor de mel
dos lábios em preces
acordo o doce sabor
que alcança a palavra amor
nos trilhos onde anseio continuar...




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=239312