Venenos Mortais

Data 13/01/2013 12:07:00 | Tópico: Poemas

Trago em mim um efervescente
Amor, carinhoso, cálido e nobre.
Floresceu feliz numa luz dolente
Em atitudes malabaristas
Mescladas com as brisas mestiças
E com as nuvens cor-de-cobre.

Tinha as cores das sacras tulipas
Nostálgicas das casas mais pobres
Das antigas casas das Minas.

Hoje puro, fremente e penetrante
Como a ponta de um punhal.
É uma reveręncia sacrossanta
Dos peitos sôfregos e pulsantes.

Trago um amor de estatura gigante,
Torso, retesado na espinha dorsal;
Aprumado, gargalado e brilhante
Como jóia jaspeada em alto pedestal...

Olhos ébanos, quadris abundantes,
Linhas serenas, formas esculturais;
Uma planta carnívora desobediente
Bárbara, que inocula na veia da gente,
Após beijos doentes, venenos... Mortais!



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