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Data 16/01/2013 13:07:05 | Tópico: Poemas

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vim e
agora não te leio (apenas) por frestas

abro as portas
adentro teus cômodos
de palavras

(por que nunca te invadi?).

investigar teu mundo poético
dói-me uma dor de cores num rio
que desce arrependido

a demora do saber é uma
semente perdida no ar
sem chão pra germinar.

esgravato um soluço
num tempo congelado
(ante teu livro)
onde a emoção ressoa
(mesmo que tardia)
em te conhecer;

Fernando Pessoa.

Tempos atrás já gostava de escrever, mas me direcionava às redações dissertativas e repudiava a construção de poemas. De Fernando Pessoa e outros poetas, conhecia apenas pequenos trechos que alguns me ofertavam. Certo dia, num momento ermo quando navegava pela internet, encontrei um site voltado à poesia e resolvi escrever (como um teste) e fiz a postagem; foi um poema horrível e os frequentadores do site (escritores/poetas) também deixaram comentários horríveis... serviu como instigação; um desafio lançado que agarrei com sofreguidão. foi a pior coisa que me aconteceu: desde então não consigo mais parar de escrever.

Foi quando li meu primeiro livro de poesia e conheci Fernando Pessoa...



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