não do dantesco ou do satânico, fala-me do teu, do que te corrói o corpo, apodrece,
(I)
,ensina-me da vida, da alegria, do sorriso, da viagem interminável sem procelas tantas.
,ensina-me a andar, revalando-me os caminhos dos luzeiros, numa noite acesos, pelo desmemoriado tempo presente, ou,
do cheiro das açucenas em flor, das amendoeiras brancas pelo inverno, ou do areal sem pétalas, sem orquídeas esvoaçando sobre a espuma do repentino ondear.
,e,
(II)
,quando o mundo renasce de pernas para o ar, pela madrugada, lembro-me de ouvir o teu mar,
em sussurro, em murmúrio, sem pausas.
,hoje,
(III)
,no dia em que as palavras se libertaram,
antes que o silêncio as autoflagelasse, escrevo-te,