,quando o mundo renasce de pernas para o ar

Data 17/01/2013 19:04:48 | Tópico: Poemas

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,fala-me do inferno,

não do dantesco ou do satânico,
fala-me do teu, do que te corrói o corpo,
apodrece,

(I)

,ensina-me da vida,
da alegria, do sorriso, da viagem interminável
sem procelas tantas.

,ensina-me a andar,
revalando-me os caminhos dos luzeiros,
numa noite acesos, pelo desmemoriado tempo
presente, ou,

do cheiro das açucenas em flor,
das amendoeiras brancas pelo inverno,
ou do areal sem pétalas, sem orquídeas esvoaçando
sobre a espuma do repentino ondear.

,e,

(II)

,quando o mundo renasce de pernas para o ar,
pela madrugada,
lembro-me de ouvir o teu mar,

em sussurro,
em murmúrio, sem pausas.

,hoje,

(III)

,no dia em que as palavras se libertaram,

antes que o silêncio as autoflagelasse,
escrevo-te,


[seja sorriso, seja-te apenas um sorriso...].





A uma grande poetisa Ana Paula Santos, obrigado.




Textos de Francisco Duarte



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