
Resolução
Data 18/01/2013 20:58:48 | Tópico: Poemas
| Quantos versos ternos expeli em êxtase, Colocando, em figuras de estilo, Com prudência, a verdade, na raiz, em ênfase? Praí um armário cheio. Mas não me via naquilo.
Que raio era aquilo afinal? Um bocejo, um desmaio de vocabulário Tossido para outrém brilhar. Não era eu, poesia irreal. Há que mudar. Deixar o oculto penetrar, Soltar as amarras, Abrir o armário, E num tom surreal Murmurar as loucuras E os breves resumos Das minhas aventuras.
Na batida, navegar... Abraçar a vida com garras. Com menos farras Tomar novos rumos... Mas sempre ao som das guitarras E sem nunca deixar os fumos.
Musa que venha, Estou indiferente. Já não há cigarra que contenha O canto honesto, que em minha mente, Tem agora, residência.
E a euforia que manifesto Ao ser eu seriamente, Sem propósito desonesto, Nem clemência por um alvo impaciente.
Minhas palavras sem propósito, Essas sim são importantes. As que guardo no depósito Das memórias relevantes.
Serei eu de agora em diante, De alma, corpo e coração. Sem mais palavra entediante, Esta é a minha resolução.
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