Mote:
Porque ninguém nos salva de não ser Também de ser já nada nos resgata Não estamos preparados para o nada: Certamente que não para morrer
Gastão Cruz
Carambola de vidas
Padecemos no seguir da idade Nas mágoas do nosso permanecer Más ilusões da felicidade Porque ninguém nos salva de não ser
Traste é a rude opinião De quem o faz de forma pirata Restando denegrir sem contenção Também de ser já nada nos resgata
Sempre temos ao alcance o infinito De tanto que é vida e a ela dada Que se avance de contra o que é dito Não estamos preparados para o nada
Da luta intensa se faz vida Que jamais se possa desfalecer A batalha não seja perdida Certamente que não para morrer
António MR Martins
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Mote: Terceira estrofe do poema “Dentro da vida”, da obra “A Moeda do Tempo”, edições Assírio & Alvim, página 26, Lisboa, 2006.
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