Parou tudo. Parou tudo na mente. Parou agora o tempo. Preciso de pensar...
Onde estou? O que sou? Onde estive? Onde vou?
Preciso de tempo para me encontrar, Mas não o tenho. Quero saber que moralidades escondem este mundo Quero saber qual o meu desejo mais profundo.
Oh...
Como eu gostava de poder acordar de manhã e dizer: Hoje será um bom dia. Sei exatamente como será o meu caminho. Mas não o sei. Nem nunca o saberei.
Traço objetivos com esperanças, mas sem efeitos exatos. Percorro caminhos desencontrados. Quero estar ali, mas acabo por ficar aqui. Quero sentir o primeiro aroma, a primeira sensação, o primeiro detalhe quando acordo. Mas esqueço-me de tudo, porque a minha cabeça diz "Há coisas bem mais importantes para tu reparares". Engano-me. Redondamente.
E é por isso que preciso de me encontrar. Eu tenho de me encontrar.
Voltei ao ponto de partida. Como se a vida fosse um círculo e que, na nossa ilusão, combatessemos a sua natureza para ao início não voltar. Estou perdida.
Tenho um mundo tão grande por descobrir, e esse está em mim. Não quero continuar a vaguear no vácuo. Preciso de um objetivo... Um objetivo.
Sei que não irá levar exatamente onde pretendo, mas será um passo ilusório que alimenta a minha alma. Que me dará asas para que possa sonhar.
E, num momento, sinto-me...
Sou como uma esponja, que absorve cada toque e cada traço à minha volta Que, repentinamente, num aperto Faz-me tudo perder.
Quero continuar a tentar. Não importa se está certo ou errado, o importante é fazê-lo.
Motivação para fazê-lo...
Meu escudo, minha defesa. Minha riqueza, meu refúgio.
Guardo e não solto. Quero rugir, mas suspiro.
Quero tanta coisa...
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