O céu da minha Língua

Data 22/02/2013 13:20:06 | Tópico: Poemas

do céu da minha boca
caem pedaços de inferno
ao paraíso dos poemas
e as estrelas são poucas
para iluminarem teoremas
passam depressa
nas linhas do meu caderno
morrem depressa
na ilusão do eterno
sou multi-verso
em constante desagregação
um uni-verso
em permanente colisão
com a curva da minha elipse.
poema errático
inexpugnado, surpreendente
chão de flores-fogo
a minha língua
é onde busco lençóis freáticos
onde, em sede, me mato à míngua.




















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