Resgate

Data 22/02/2013 18:15:26 | Tópico: Poemas

****

Assombro-me quando a máscara dilui,
por já não lembrar-me de mim.

por tempos as texturas,
dissimularam meus olhos,
a boca... a pele;
escondi-me atrás de henas,
de sorrisos de batons...
deixando que meus adendos
falassem tilintando
quinquilharias.


Desatenta em aplicar
beleza de estojos,
esqueci que meus
movimentos fazem-me
brilhar sem purpurinas...

e agora desnudo-me;
quebro a falsa vitrine
e mostro a decoração
cor de boca,
cor de pele.
com duas resinas de âmbar
iluminando o lugar...

desço ao corpo
um florido de chita,
borrifo perfume de brisa
e retiro as presilhas da vaidade;
de cabelos soltos
caminho leve e natural
resgatando a essência da
feminilidade.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=242049