Mas

Data 24/02/2013 01:00:58 | Tópico: Poemas


Eu não pertenço a Terra nenhuma
Só a todos os lados.
Ainda menos a um território
E não conheço o meu itinerário.
Eu não pertenço a terra nenhuma,
Dentro ou fora de mim
Nem horizonte, nem céu.
Nem sei se é meu- o que é meu.

Um passo um novo pensamento,
Um passo- a luz do movimento.
O murmúrio da memória,
O eco das estrelas perdidas.
O murmúrio da memória,
o horizonte atras de mim -
é horizonte sem medidas.

E Só o esquecimento seca os rios,
O Esquecimento da luz que passou
O Esquecimento do sofrimento que se coagulou.
E conheço o caminho das rugas meandrosas
Conheço…
Também conheço o sulco das dúvidas teimosas
Conheço…

Conheço a esperança magoada de um ponto para outro do olhar;
Movimento conduzido pela sombra do meu mar.
Junto a sombra com a sombra
E deixando-lhe a obra
De repente…
O mundo grande e impaciente,
Que se espalha a minha frente,
Eu não tento abraça-lo
Nem com os olhos nem com a mente.
E se tivesse o universo
Bastantes falas ao seu redor,
Para deixar a saudade a expressar a sua dor,
Mas…







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