Breve vem a hora de nos bebermos

Data 01/03/2013 15:22:42 | Tópico: Poemas

Escorrem dos olhos o vinho rubro como lágrimas encorpadas de fogo
O tudo e o nada no desespero de serem voz, embriagada mas livre
Solta-se no ar o aroma que se reserva na alma cristalina
Enquanto cresce o sabor amargo e tingido de ontem

E da palidez nasce a madrugada doce intitulada de reserva
Que se envolve da boca aos lábios que quase se tocam
Sorvendo a manhã com sabor a sal pelo olhar que derrama o céu
E em nós fica o encontro engarrafado em vidro mel e esquecido pelo tempo

Breve vem a hora de nos bebermos

Entregarmos ao rosto de quem somos pela lua fria de sorriso rasgado


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