
O barulho dos trovões, ao longe - II
Data 01/03/2013 19:36:37 | Tópico: Poemas
| Viciados em crack
O barulho dos trovões, ao longe Acordou aquela mãe, que assustada, Dobrou os seus joelhos, junto ao leito E orou pelo filho amado: Onde estava?
Desde que se envolvera com o vício Já não era meigo, amigo, orientado. Aparecia, às vezes, lá no pátio, Abatido, mentindo, esfomeado.
Ah, as amizades ajudaram A levá-lo ao caminho quase sem volta... Deixou de ser o homem de futuro Tornou-se joão-ninguém, pedindo às portas.
Cracolândia! Será que lá estaria, Em algum canto sujo, esparramado? Estaria cometendo alguns crimes, Para conseguir o dinheiro desejado?
E aqui, de joelhos, a mãe ora Pedindo de Deus, pelo filho, “Misericórdia! Não deixe que o pior lhe aconteça, Não deixe que no vício ele pereça”.
Ele é tão bom, tão meigo e amado... Está apenas perdido, dependente De uma pedra pra fumar... Vive drogado. Já nem sabe que ainda é jovem, que é gente.
Se tu podes... Me perdoe, eu sei que podes... Tira-o agora, inda agora, neste instante, Dos horrores do vício que o domina, Livra-o das mãos dos traficantes.
Traze-o de volta à casa, ao meu seio, Ao lar, que sem querer, abandonou. E eu o receberei com meu carinho, O ajudarei a vencer, com meu amor.
E quando, de novo, ouvir soar Ao longe, o barulho do trovão. Hinos de louvor irei cantar Dar graças, pela tua salvação."
Você consegue calcular o desespero de uma mãe, ou esposa, que sabe que o seu amado está jogado pelas ruas? Tenho visto com frequência viciados, inclusive do craque, se libertarem da dependência, voltarem ao convívio das famílias, ao trabalho, retomarem o interesse pela vida. Quer saber mais a respeito?
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