
BEIJEI O PESCOÇO DA DONZELA.
Data 02/03/2013 23:01:12 | Tópico: Textos
| CORDEL EM MARTELO AGALOPADO.
Excrementos irrigam fartamente, Dos insetos a sua proliferação, Indivíduos se dizem inteligentes, E também copulam a podridão, É difícil definir quem é intruso, nos ritos de dolentes procriações, Saibam todos o mundo é detido, Pelo fogo que norteia as paixões, E por fim céu e terra se ajuntam, Perfazendo paraíso e maldições.
Amar é driblar as incertezas, É dormir sem saber o amanhã, É acordar diante duma tristeza, Mais refazer a vida no divã, É saber que não existe realeza, Se o outro decide pelo não, É buscar no futuro a sutileza, Para dar robustez a solidão, É cantar inda a velar tristezas, Chorar nas grandes emoções.
Olhei na fumaça do passado, Interpretei antigas labaredas, Lá estavam teu rosto estampado, Duas vidas cravadas de pelejas, Dei seqüência a esta alquimia, Desvendei os seres envolvidos, Me encontrei na cena enlutada, Dum pranto cruel e destemido, Já sei o quanto lutei por nada, Minha sorte foi ter sobrevivido.
Beijei o pescoço da donzela, Sem saber atingi seu coração, Em seguida segurei a sua mão, Já suava como fosse sentinela, Sua face ficou rubra,amarela, Foi perdendo a linda coloração, Me benzi pra livrar da confusão, Que arranjara ao lado da janela, Se tiver que morrer ao lado dela, O farei com grande satisfação.
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