Carta

Data 03/03/2013 11:55:00 | Tópico: Poemas

Carta de Natal para o Pai

Chamo por ti na tarde pardacenta
Onde estás? Onde paras? Aonde?
Mas apenas o eco me responde
em ressonância demorada e lenta.

A chuva cai na rua lamacenta
o sol se foi e na noite se esconde...
Onde te foste? Onde estás? Aonde?
Grito dorido como ave agoirenta.

Partiste um dia e não disseste adeus
fiquei retida nesses conselhos teus
que me prendiam à vida com justeza.

Mas agora, meu pai, desgostos meus,
traições, desesperos, camafeus,
fizeram de mim esta tristeza.


Maria Helena Amaro
Inédito, dezembro 2009

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