como o verde no inverno branco
Data 04/03/2013 22:55:21 | Tópico: Poemas
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Ontem, no deserto, ouvi distante, o som de árvores e velas cintilando, passeando sobre os campos tranquilos, surgiu uma nova primavera nos olhos. Para o infinito azul, um mar quente, e para outras o inverno é sombrio; vegetação seca, floresta surda e amarela. quando no outono surgem as nuvens.
Descobrimos nos bueiros um arbusto, folhagem dos vales e das ravinas, e à noite, em sua escuridão negra misteriosa, errante, mostra olhos de lobo. Sim, sei que você não está feliz agora, mas ainda assim, vagam os pássaros, isso não desperta inveja em mim, o seu grito é estridente, orgulhoso.
Sei bem que é triste. Aguardando a fome, enquanto no deserto a névoa dorme, quando a escuridão da aurora ficar branca, somente haverá cidades pobres nas colinas vergéis inóspitos enegrecidos no nevoeiro. Mas eu amo o vagar de todos os pássaros talvez um dia, também volte para minha terra, cansado de vagar solitário com multidões.
Há dias em que o vento vai soprar quente, aparecer o sol iluminando brilhantemente as folhas molhadas na floresta e a casa. Então, será somente mais uma floresta vazia. Veja como tudo é verde no inverno brando, como brilho de veludo de terras aráveis, e na distância, no restolho de puro ouro, entre os ramos negros e folhas douradas,
Lembro de uma antiga felicidade, mas eu não me arrependo, jamais. Eu não estou triste, como antes, o passado mora no coração silencioso. O mundo inóspito está cheio de beleza, enquanto a primavera brilha no mar azul, entregando aos deuses seu destino triste! indo ao encontro dos pássaros errantes.
A primavera já veio me chamar, toda nua, sonhos de amor, a juventude tão distante, e a felicidade - a beleza triste que flutua, vejam como ela é verde no inverno branco.
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